Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou neste domingo (7/12) que não pretende abandonar sua carreira política, mesmo diante da possibilidade de receber um perdão presidencial do presidente Isaac Herzog, enquanto enfrenta um julgamento por acusações de corrupção.
O líder israelense recentemente solicitou o perdão presidencial, alegando que suas frequentes aparições na Justiça têm dificultado sua capacidade de governar o país. Contudo, especialistas indicam que é incomum que um indulto seja concedido antes da conclusão do processo judicial e de uma eventual condenação.
Netanyahu foi formalmente acusado em 2019, embora tenha rejeitado todas as acusações relacionadas a suborno, fraude e quebra de confiança. Seu julgamento teve início em 2020 e sofreu diversas interrupções devido aos conflitos e à guerra na região do Oriente Médio.
O pedido feito por Netanyahu também chamou a atenção do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a sugerir ao presidente Isaac Herzog a possibilidade de conceder o perdão. A ideia gerou controvérsia, pois opositores acreditam que, caso o indulto seja concedido, ele deveria estar condicionado à saída de Netanyahu da política ou a uma admissão de culpa.

