O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que reconhecer a Palestina após o ataque de 7 de outubro é comparável a dar um Estado à Al Qaeda depois do 11 de setembro. Nesta sexta-feira (26/9), Netanyahu também fez duras críticas ao grupo Hamas, alegando que os palestinos apoiam a ofensiva contra Israel.
“Dar um Estado aos palestinos a 1,6 km de Jerusalém após 7 de outubro é o mesmo que dar um Estado à Al Qaeda a 1,6 km de Nova York após 11 de setembro. Isso é insano e não vamos permitir”, ressaltou o líder.
Benjamin Netanyahu falou em um plenário quase vazio na ONU, pois muitas delegações saíram em protesto contra Israel. Ele afirmou que conceder o Estado de Jerusalém aos palestinos coloca a segurança de Israel em risco. Ao relacionar o ataque de 7 de outubro ao Hamas, Netanyahu teme que o reconhecimento da Palestina desencadeie uma ofensiva contra Israel e seus civis.
Durante seu discurso, o premiê destacou que não vê possibilidade de cessar-fogo, citando a falta de confiança para negociar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a quem acusa de corrupção e falsas promessas, e reforçou que não apoia o Hamas. Para ele, reconhecer o Estado palestino aumentaria a ameaça terrorista do Hamas.
“É importante saber que a Autoridade Palestina financia terroristas para atacar judeus. Quanto mais judeus são mortos, mais dinheiro é dado aos terroristas”, afirmou Netanyahu.
O líder também criticou o Hamas pela crise humanitária em Gaza, acusando o grupo de desviar a comida enviada por Israel pela ajuda humanitária. Ele deixou claro que a guerra só poderá acabar quando o Hamas liberar imediatamente os reféns.