O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste sábado (18/10) sua intenção de participar das próximas eleições israelenses, previstas para novembro de 2026. Ele declarou que seu objetivo é conquistar a vitória.
Em entrevista ao Canal 14 de Israel, Netanyahu confirmou que buscará um novo mandato e espera sair vencedor.
Durante esse programa, o premiê comentou sobre o acordo de cessar-fogo com o Hamas, afirmando que o conflito em Gaza só chegará ao fim quando os termos desse acordo forem devidamente cumpridos.
Ele destacou que primeiro é necessário garantir o retorno de todas as pessoas sequestradas, especialmente os corpos daqueles que morreram, seguido pela desmilitarização da Faixa de Gaza e o desarmamento do Hamas. Apenas após essas etapas é que o conflito poderá ser encerrado.
Benjamin Netanyahu tem mais de uma década de atuação no governo, com algumas interrupções. Ele lidera o partido de direita Likud.
A decisão de concorrer a um novo mandato vem em um contexto de muita pressão para que o conflito na Faixa de Gaza seja resolvido.
No cenário atual, Netanyahu enfrenta instabilidade em seu governo e nas relações com os Estados Unidos. O ataque israelense contra o Hamas no Catar, em agosto, comprometeu a aliança com o então presidente Donald Trump, que foi pressionado por aliados do Golfo Pérsico. A desconfiança chegou a tal ponto que Trump exigiu que Netanyahu pedisse desculpas publicamente ao governo do Catar.
Antes do acordo de cessar-fogo, Netanyahu foi alvo de diversas críticas e protestos dentro de Israel. Após a assinatura desse acordo, que pode influenciar positivamente sua campanha eleitoral, o premier permanece exposto às dúvidas sobre a execução das condições acertadas, que foram impostas por Trump para ambas as partes envolvidas.
Outro desafio surgiu com a recente decisão de manter fechada, de modo indefinido, a passagem de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, conforme anúncio do governo de Israel. Essa ação ocorreu logo depois de a Embaixada Palestina no Egito divulgar que o corredor seria reaberto na segunda-feira (20/10).
O grupo Hamas ainda detém aproximadamente 20 corpos de soldados israelenses em Gaza, cuja devolução é fundamental para garantir a manutenção do cessar-fogo.