As conversas que começaram na última segunda-feira entre a fabricante de aviões Boeing e o sindicato dos trabalhadores do setor de Defesa enfrentaram um novo obstáculo, segundo informou a empresa americana nesta quarta-feira (22).
Dan Gillian, chefe da divisão Boeing Air Dominance, comunicou aos trabalhadores em greve: “Depois de dois dias com um mediador federal, fizemos ao sindicato uma proposta de contrato atualizada que considera os comentários recebidos de vocês”.
Ele completou: “Infelizmente, apesar do processo democrático do sindicato ter durado várias semanas, os dirigentes da IAM se recusam a permitir que vocês votem nessa proposta e acabam com a greve”.
O sindicato respondeu apenas dizendo: “Não vamos levar a proposta da Boeing para votação”.
O IAM é um dos maiores sindicatos da América do Norte, representando perto de 600.000 trabalhadores dos setores aeroespacial, defesa, construção naval, transporte, saúde, manufatura e outros.
As fábricas em greve produzem aviões de combate F-15 e F-18, o Sistema Avançado de Treinamento para Pilotos T-7 Red Hawk e a aeronave não tripulada MQ-25.
Esta greve acontece depois de uma paralisação no setor de aviação comercial da Boeing, que envolveu cerca de 33.000 trabalhadores ao longo de mais de sete semanas em 2024.
Em 4 de setembro, a Boeing iniciou uma campanha para recrutar trabalhadores permanentes para substituir os funcionários em greve.
AFP