Um dos maiores marcos da humanidade poderá acontecer novamente em breve. Essa é a promessa feita pelo novo diretor da National Aeronautics and Space Administration (Nasa), Jared Isacmann, que declarou que o homem voltará a pisar na Lua ainda no segundo mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – ou seja, até 2028.
Mais do que uma viagem ao passado (já se passaram 56 anos desde a missão Apollo 11, em 20 de julho de 1969), o maior objetivo desta iniciativa é desbloquear a economia orbital. Segundo Isacmann, a mineração de Hélio-3, um gás raro encontrado na superfície lunar, pode revolucionar o uso de energia por meio da fusão nuclear, além da implantação de centros de dados no espaço.
“Pretendemos explorar e realizar o potencial científico, econômico e estratégico da Lua”, afirmou ele em entrevista à CNBC neste sábado (27/12). O dirigente também disse que, após a construção de uma “base lunar”, a Nasa irá avaliar a viabilidade de investir em energia e propulsão nuclear espacial para avançar ainda mais na exploração espacial.
Para dar continuidade ao programa lunar Artemis, que também prevê exploração de Marte, a Nasa estabeleceu parcerias com empresas como a SpaceX, liderada por Elon Musk, a Blue Origin, de Jeff Bezos, e a Boeing.
Essas companhias estão desenvolvendo veículos de carga pesada com tecnologia de transferência criogênica de propelentes em órbita para facilitar a reutilização. “Essa inovação permitirá viagens frequentes e acessíveis até a Lua, e ao mesmo tempo preparará o terreno para missões a Marte e além”, explicou Isacmann.
Esta é a segunda nomeação de Jared Isacmann realizada por Donald Trump para dirigir a Nasa. Em maio, ele já havia sido indicado, porém o presidente recuou após uma disputa pública com Elon Musk, amigo de Isacmann.
