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domingo, 24/11/2024
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‘Não tem como sair sem sequelas na cabeça’: diz influenciadora que avaliou primeiro dia de provas do Enem

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Nas redes sociais, Débora Aladim reforçou que maioria dos vestibulandos poderá perder ponto por fuga do tema ou pela argumentação rasa na redação

Débora Aladim, professora de história e influenciadora de educação, gravou uma sequência de vídeos avaliando a prova do primeiro final de semana do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Entre todas as suas observações, compartilhadas no Instagram, Débora pontuou a abrangência do tema da redação, uma das etapas mais importantes da prova, afirmando que, ao englobar todos os povos tradicionais do Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) dificultou o desempenho dos vestibulandos: “O tema tinha tudo pra ser legal, só que, ele é tão amplo, tão gigante, que ele deixou o aluno na situação de escolher perder ponto ou por tangenciar o tema ou por fazer uma argumentação rasa”.

Com o tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”, a redação do Enem deste ano buscou estimular a reflexão dos estudantes sobre os 26 povos tradicionais brasileiros. Contudo, como pontuou Débora, nem o próprio Inep detalhou quem seriam eles, além de ser díficil, para os alunos, falar sobre todos e apresentar propostas de intervenção que os beneficiasse igualmente. “A cereja do topo do bolo é que o tema fala sobre valorização, mas os textos motivadores nem nomeiam quais são esses povos. São 26, mas apenas 10 são descritos. O Inep não valoriza, mas quem precisa valorizar é a gente”, brincou Débora.

Nos vídeos, a influenciadora argumenta que muitos estudantes devem perder ponto ou na competência 2, definida pelo Ministéria da Educação como “Compreender o tema e não fugir do que é proposto” ou na 3, descrita como “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”. Mas, para tranquilizar os alunos, Débora explicou que as correções deste ano devem ser mais brandas. “Não se desespere, os professores devem ser mais generosos na correção exatamente pela abragência do tema”.

Sobre as provas de Linguagens e Humanas, Débora reforçou que a quantidade de textos poderia ter sido reduzida, já que são 90 questões de interpretação e muita leitura. “Não tem como a pessoa fazer isso tudo e não sair com sequelas na cabeça. Cada texto é uma bíblia de tão grande. Uma seguidora até comentou, e é verdade, que das 40 questões de Linguagens, apenas oito tinham imagens, o aluno não teve respiro nessa prova”.

O primeiro domingo de provas do Enem reuniu três avaliações: Linguagens e suas tecnologias, Humanas e suas tecnologias, além da redação. Ao todo, são 90 questões e os estudantes tem cinco horas e meia para fazê-las até a entrega do exame. No próximo final de semana, os vestibulandos farão as provas de Matemática e suas tecnologias e Ciências da Natureza e suas tecnologias, também somando 90 questões.

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