O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, durante sua fala na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), afirmou que os ataques promovidos pelo grupo Hamas não representam o povo palestino. No discurso desta quinta-feira (25/9), Abbas também abordou a crise humanitária que assola a Faixa de Gaza.
“Apesar do sofrimento do nosso povo, as ações do Hamas não representam o povo palestino. Rejeitamos os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Esse tipo de violência não condiz com a luta pela independência do povo palestino”, ressaltou o líder.
O ataque citado ocorreu quando membros do Hamas invadiram o sul de Israel e dispararam foguetes, provocando uma violência sem precedentes e resultando na morte de mais de 1,2 mil pessoas, aumentando o conflito histórico entre Israel e o Hamas.
Abbas deixou claro que não apoia o Hamas, criticou as ações militares de Israel em Gaza e afirmou que é necessário cessar a guerra que tem causado genocídio, fome, destruição e deslocamento na região. Ele ainda alertou que os ataques israelenses podem ser lembrados como a maior catástrofe humanitária dos últimos séculos.
“O que Israel está fazendo não é apenas um ataque, mas um crime de guerra e um atentado contra a humanidade, que serão registrados como um dos episódios mais tristes da história moderna”, afirmou o representante palestino.
Nas últimas semanas, vários países europeus, incluindo Reino Unido e França, reconheceram o Estado Palestino oficialmente. Abbas agradeceu o esforço contínuo da Europa para conquistar esse reconhecimento.
O discurso foi transmitido por videoconferência, já que o líder palestino teve seu visto de entrada nos Estados Unidos negado pelo governo americano, o que representa um desafio direto à administração de Donald Trump.