Segundo o site do jornal The Mirror, a ordem chegou junto com a divulgação do saldo de 107 milhões de libras (mais de R$ 655 milhões), recebidas pela realeza dos contribuintes, no ano passado
O rei Charles III ordenou que os funcionários dos palácios reais desligassem o aquecimento interno para economizar dinheiro. Segundo o site do jornal The Mirror, a ordem chegou junto com a divulgação do saldo de 107 milhões de libras (mais de R$ 655 milhões), recebidas pela realeza dos contribuintes, no ano passado.
O relatório de subsídios soberanos (Sovereign Grant Report), publicado nesta quinta-feira, mostra que as despesas da família real, financiadas pelos contribuintes, aumentaram 5% no ano passado e ultrapassaram 100 milhões de libras pela segunda vez na história.
Durante o último inverno inglês, Charles já havia submetido hóspedes, funcionários e a própria família real a viver no palácio apenas “quebrando o frio de leve”, com aquecedores ligados, mas ainda assim mantendo as temperaturas baixas, por volta de 19ºC, revela relatório oficial.
Charles também pediu à Casa Real que apoie uma campanha de sustentabilidade em meio à crise do custo de vida do Reino Unido – mandou, inclusive, desligar o aquecimento na piscina do Palácio de Buckingham.
Charles III promove mudanças no palácio
Desde que se tornou monarca, após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, em setembro passado, assessores do palácio dizem que o rei vem supervisionando um “período de transição significativa”.
Ao publicar o relatório de subsídios, Sir Michael Stevens, guardião das finanças reais, disse que o rei está ansioso para retribuir com mais economias aos cofres dos contribuintes.
Ele disse: “O rei solicitou fortemente que as receitas fossem repassadas para o amplo bem público”. O príncipe William também assumiu as rédeas do Ducado da Cornualha, que recebeu uma renda de 24 milhões de libras (cerca de R$ 147 milhões) – metade das quais ele devolverá ao ducado.
Apesar dos esforços com a economia, o rei enfrenta críticas em outra área: por não fazer o suficiente para recrutar minorias étnicas para a Casa Real, perdendo a meta interna de 10% pelo terceiro ano consecutivo.