Polícia Federal prendeu, na quarta-feira (27/8), Rosana Maciel Gomes, 51 anos, por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A fugitiva foi capturada logo após desembarcar no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), vinda dos Estados Unidos em um voo de deportados.
Após a detenção, Rosana passou por exame de corpo de delito e foi encaminhada ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça.
Em junho, Rosana estava detida na cidade de El Paso, Texas, por estar em situação irregular nos EUA. Outras três mulheres que fugiram do Brasil para evitar punições relacionadas aos mesmos atos também foram deportadas para o país: Michely Paiva Alves, Cristiane da Silva e Raquel Lopes de Souza. Contudo, Cristiane foi deportada em 24 de maio.
As quatro respondem por crimes como tentativa violenta de derrubar o Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público, deterioração de bens históricos e associação criminosa.
Rosana Maciel é natural de Goiânia (GO) e foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por integrar o grupo que depredou prédios na Praça dos Três Poderes e no Palácio do Planalto, promovendo ações contra a democracia.
Conforme a denúncia da PGR, ela participou da invasão de prédios públicos onde foram destruídos vidros, móveis, obras de arte e um relógio trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808.
Rosana chegou a ser presa, mas foi colocada em liberdade condicional, com uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.
Desde 15 de janeiro de 2024, quando não compareceu ao tribunal, Rosana estava foragida. Investigações indicam que fugiu pelo Uruguai, cruzando a fronteira por Santana do Livramento (RS), distante 2.145 km de sua residência, e depois seguiu para a Argentina.