A polícia da Tailândia prendeu, na última terça-feira (15/7), uma mulher suspeita de persuadir vários monges budistas a manterem relações sexuais para depois extorqui-los financeiramente visando ocultar o caso. A suspeita foi identificada como Wilawan Emsawat, de 35 anos. Ela está sendo acusada de extorsão, lavagem de dinheiro e receptação.
Os monges budistas seguem rigorosas regras de celibato que proíbem qualquer tipo de relação sexual. A transgressão dessa norma causou grande comoção nas últimas semanas na Tailândia. Ao menos nove monges foram destituídos de suas funções e expulsos.
Segundo o Departamento Central de Investigação da Polícia Real Tailandesa, Wilawan foi detida em sua residência na província de Nonthaburi, ao norte de Bangkok.
Chantagem
Wilawan teria recebido cerca de 385 milhões de bahts — equivalente a aproximadamente 658 milhões de reais — nos últimos três anos. A maior parte desse dinheiro foi destinada a sites de apostas online.
A polícia informou que rastreou valores enviados por um monge sênior para a detida. A investigação teve início no mês anterior.
Wilawan ainda não prestou depoimento oficial, mas em entrevista à mídia local afirmou estar em um relacionamento, conforme divulgado pela CBS News.
De acordo com as autoridades, a suspeita mirava monges de alta hierarquia para obter ganhos financeiros, com vários deles transferindo grandes somas. Numa das extorsões, Wilawan alegou estar grávida de um monge e exigiu dinheiro.
Em episódios anteriores, monges budistas na Tailândia também estiveram envolvidos em polêmicas, desviando recursos financeiros dos templos budistas.