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quarta-feira, 17/12/2025

Mulher pode ter sido morta em discussão com marido, diz PCMG

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando a morte de Henay Rosa Gonçalves Amorim, 31 anos, para apurar se ela faleceu durante uma discussão com seu marido, Alison de Araújo Mesquita, 43 anos, um dia antes do acidente que foi encenado, ocorrido no domingo (14/12).

No dia anterior ao acidente, eles participaram de uma festa, consumiram bebidas alcoólicas e, ao retornar para casa, iniciaram uma briga. A discussão evoluiu para agressões físicas e Alison afirmou que deu um soco no nariz de Henay para se defender, causando sangramento.

A polícia está considerando mensagens, fotos e registros médicos que indicam histórico de violência doméstica por parte de Alison, reforçando a suspeita de que a morte de Henay pode não ter sido um incidente isolado.

O delegado responsável pela investigação, João Marcos do Amaral Ferreira, afirmou que as imagens do prédio onde ocorreram os fatos serão analisadas para confirmar se Henay deixou o local consciente ou inconsciente. Os celulares do casal foram confiscados para perícia.

Detalhes do Caso

A PCMG está tratando o caso como feminicídio após Alison confessar a morte da esposa e a encenação do acidente de trânsito para encobrir o crime.

Segundo Alison, após a discussão, eles saíram para Divinópolis, onde câmeras de segurança registraram o veículo chegando a um pedágio, com ele no banco do passageiro e Henay, aparentemente inconsciente, no banco do motorista. Uma atendente do pedágio ofereceu ajuda, mas o homem recusou e fugiu logo depois.

Minutos depois, o carro invadiu a contramão e colidiu contra um ônibus na MG-050. Alison alegou que Henay acordou após o pedágio, ameaçou matá-lo e então teria jogado o carro contra o ônibus. Essa versão, contudo, é contestada pela polícia e por testemunhas que relataram que o corpo da vítima estava frio no local do acidente.

Laudo Médico e Investigação

O médico perito Rodolfo Ribeiro acredita que Henay pode ter morrido até duas horas antes de passar pelo pedágio. Segundo ele, uma hemorragia detectada no pescoço não é compatível com ferimento de acidente de trânsito, indicando provável asfixia ou trauma.

A investigação continua para esclarecer todos os fatos deste triste caso, que evidencia a importância do combate à violência doméstica no país.

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