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sexta-feira, 19/12/2025

Mulher pode ter morrido antes do acidente, diz perícia

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Em Brasília

Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, pode ter falecido até duas horas antes da colisão na MG-050, em Itaúna (MG), conforme aponta a perícia. Inicialmente tratado como um acidente, o caso agora é investigado como feminicídio, após imagens de uma praça de pedágio terem surgido.

O QUE A PERÍCIA LOCALIZOU

O tempo estimado da morte baseia-se nos achados da perícia. Porém, o intervalo exato é impreciso, explicou o médico legista Rodolfo Pinheiro. A análise do corpo foi revisada diante de novos indícios, levando à solicitação de um novo exame necroscópico. Essa reavaliação foi motivada por sinais que não condizem com uma morte causada só pela colisão.

“É difícil definir com exatidão, mas acredito que ela já estava morta até cerca de duas horas antes do acidente”, afirmou Rodolfo Ribeiro.

Na primeira análise, realizada considerando um acidente de trânsito, constatou-se traumatismo craniano e hemorragia no cérebro. Quando o caso foi reavaliado, verificaram-se marcas de hemorragia no pescoço, compatíveis com asfixia por estrangulamento.

Essas evidências indicam que a vítima pode ter morrido antes do impacto registrado na MG-050, em 14 de dezembro. O acidente aconteceu aproximadamente nove minutos após o veículo passar por uma praça de pedágio, onde câmeras mostraram a vítima imóvel no banco do motorista.

IMAGENS DO PEDÁGIO LEVANTARAM DÚVIDAS

Nas imagens, Henay aparece desacordada enquanto o carro passa pela cabine por volta das 5h56. No banco do passageiro, o empresário Alison Mesquita, 43 anos, entrega o dinheiro para a atendente e dirige o carro com os pés, numa posição incomum.

Logo após, o carro entrou na contramão em uma curva e bateu em um micro-ônibus. Alison teve ferimentos leves, enquanto a morte de Henay foi confirmada no local.

Alison afirma que, antes da batida, Henay recobrou a consciência e voltou a dirigir, mas não conseguiu evitar o acidente. A defesa do suspeito declarou que apresentará esclarecimentos e defesas oportunamente.

A Polícia Civil aguarda os resultados do exame necroscópico e a conclusão da investigação inicial para prosseguir. Os celulares da vítima e do suspeito foram confiscados para análise.

Os investigadores também requisitaram imagens das câmeras do prédio em Belo Horizonte de onde o casal saiu, para verificar se Henay já estava sem vida ao ser colocada no carro. O apartamento pertence ao suspeito, que era síndico do local. Alison e Henay estavam juntos há cerca de um ano.

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