Após ser acusada de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, Renata Íris de Souza Araújo Pinheiro, que assassinou o marido, o policial militar Wagner Sandys Pinheiro de Lima, recebeu uma pena de um ano e seis meses de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime aberto. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (3/12), em Fortaleza (CE).
O crime aconteceu em 23 de dezembro do ano anterior, por volta das 19h30, na residência do casal, situada no bairro Granja Lisboa. Renata utilizou a arma do marido e disparou contra ele dois tiros fatais na frente da filha do casal, de oito anos. Ela foi presa em flagrante, confessou o ato, porém afirmou em seu depoimento que o disparo foi acidental.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), o fato foi originado durante uma discussão motivada por ciúmes. Poucos minutos antes do ocorrido, o cabo havia informado sua irmã, via WhatsApp, que estava se separando da esposa, que não aceitava o término da relação. Ela teria descoberto uma traição do marido.
Após o crime, Renata mesma chamou a polícia relatando uma ocorrência de disparo de arma de fogo. No local, foi detida em flagrante. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, a prisão foi convertida para preventiva.
O júri concluiu que não houve intenção deliberada de matar (ausência de dolo) e alterou a tipificação do crime de homicídio doloso para homicídio culposo.

