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segunda-feira, 11/08/2025

Mulher encontra morcego em vaso e recebe alerta para vacina

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Alison Doyle, influenciadora fitness, contou aos seguidores no dia 1° de agosto sobre a descoberta inesperada de um morcego em seu vaso sanitário. Em um vídeo no TikTok que ganhou muita atenção, ela expressou humor e preocupação ao mostrar o morcego: “primeira vez que preciso de um homem aqui”, afirmou a canadense.

Esse episódio gerou uma discussão relevante sobre a importância da vacinação contra a raiva após contato com animais silvestres. Alison recebeu diversas recomendações para procurar atendimento médico e tomar a vacina antirrábica.

Os pedidos para a vacinação aumentaram após ela revelar em outro vídeo que tinha tocado no morcego para verificar se ele estava vivo antes de dar descarga. Depois de notar um arranhão na perna sem saber a causa, decidiu seguir o conselho e buscar assistência hospitalar.

Sobre a vacina contra a raiva humana

A vacina não é indicada só após mordidas, mas também após contato direto com animais silvestres, que podem transmitir a doença. Mesmo sem ferimentos aparentes, o contato pode exigir a imunização.

“A vacina pode ser usada como prevenção para quem tem contato constante com animais silvestres ou frequenta áreas com risco de raiva”, explica a infectologista pediátrica Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde.

No Brasil, a prática comum é aplicar a vacina após ataques de animais suspeitos. São quatro doses aplicadas nos dias 0, 3, 7 e 14, e a reação mais comum é coceira no local da aplicação. Alison não divulgou atualizações sobre seu tratamento.

Entendendo a raiva

A raiva é uma doença viral grave que acomete mamíferos e pode ser transmitida para humanos, causando encefalite progressiva e podendo levar à morte.

Além de cães e gatos, morcegos, raposas, guaxinins e outros animais de sangue quente são transmissores potenciais. O vírus geralmente entra no organismo humano por mordidas, e arranhões são menos frequentes como forma de transmissão.

Os sintomas surgem em torno de 45 dias e incluem dores de cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre, além de sensações desconfortáveis no local da exposição. Conforme a doença avançar, sintomas neurológicos como confusão, ansiedade, comportamento estranho, agitação e alucinações se manifestam, com desfecho frequentemente fatal.

A vacina humana é administrada em duas doses, com intervalo de sete dias, e deve ser buscada com urgência após exposição para garantir eficácia.

Morcegos e raiva no Brasil

Os morcegos são a principal causa de contaminações por raiva no país. Entre 2010 e 2022, mais da metade dos casos de raiva humana ocorreram por ataques desses animais, dos quais a maioria resultou em óbito.

O veterinário Samuel Pinheiro destaca que a raiva tem letalidade próxima a 100%, sendo transmitida por mordidas, arranhões e lambidas em mucosas ou feridas abertas. A imunização correta antes dos sintomas aumenta significativamente as chances de cura.

O vírus afeta o sistema nervoso de forma progressiva, e os sintomas podem demorar para aparecer, geralmente entre cinco e 45 dias após a contaminação.

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