Uma mulher foi sufocada por um homem na Alameda Barão de Piracicaba, na região central de São Paulo, na manhã de terça-feira, 2. O agressor foi detido em flagrante.
Uma câmera do sistema Smart Sampa, da Prefeitura de São Paulo, mostrou a vítima andando ao lado de outra pessoa antes de ser atacada. Ela tentou escapar, mas o agressor a encurralou e começou a sufocá-la, derrubando-a no chão. Um agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que passava pelo local tentou ajudar e, junto com a Guarda Civil Municipal (GCM), conseguiram imobilizar o homem.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o agressor, de 37 anos, estava alterado e sob efeito de drogas, motivo pelo qual teve que ser algemado. Ele foi levado à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, onde o caso foi registrado como violência doméstica e lesão corporal.
A relação entre a vítima e o agressor não foi confirmada pela Secretaria, mas a mulher disse que os dois discutiram antes da agressão. O homem confessou ter segurado a mulher pelo pescoço. A defesa dele não foi localizada.
Baixada Santista
Três dias antes, em Itanhaém, na Baixada Santista, outra mulher foi vítima de violência doméstica em via pública. As imagens gravadas por uma câmera de segurança mostram o agressor batendo e chutando a mulher, agarrando-a pelo pescoço e jogando-a no meio da rua.
A mulher tentou se levantar, mas foi derrubada e sufocada várias vezes, chegando a desmaiar. A polícia de Itanhaém investiga o caso, instaurado após denúncia anônima.
A delegada Damiana Shibata Requel explicou que a mulher não registrou queixa porque não se considera vítima, mas que foi pedida a prisão preventiva do agressor, que já responde por outros casos de violência contra ex-companheiras.
Recorde de feminicídios em São Paulo
Feminicídio é o assassinato de mulheres por motivos relacionados à violência doméstica ou de gênero. De janeiro a outubro deste ano, o Estado de São Paulo registrou 207 casos, com 114 no interior, 40 na Região Metropolitana e 53 na capital.
A cidade de São Paulo alcançou o maior número de feminicídios desde que a lei foi criada, em 2015. Os 53 casos nos primeiros dez meses de 2025 superam o total de anos anteriores, ultrapassando o recorde de 51 casos em 2024.
Na última semana, a capital registrou casos graves: no sábado, 29, Taynara Santos, de 31 anos, teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada na Marginal Tietê. No dia 1º, Evelyn de Souza Saraiva foi baleada por seu ex-companheiro dentro de uma pastelaria no Jaçanã, zona norte da cidade.

