Taynara Souza Santos, uma mulher de 31 anos, foi vítima de um grave ataque na zona norte de São Paulo, onde foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro pelo ex-namorado. Ela é mãe de dois filhos pequenos, um menino de 12 anos e uma menina de 7 anos, e trabalhava vendendo produtos online para sustentar sua família.
Após o atropelamento, Taynara sofreu lesões graves que levaram à amputação das duas pernas, permanecendo internada em estado crítico. O acusado do crime, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso no domingo, 30. Segundo o advogado da família da vítima, Wilson Zaskas, a mulher mantinha um bom relacionamento com o pai dos seus filhos, de quem estava separada há alguns anos, e seu círculo familiar era bem estruturado, com apoio dos pais para cuidar das crianças.
Conforme relatado, o crime teria sido motivado por ciúmes, pois Douglas teria ficado ressentido ao saber que Taynara estava com outra pessoa. O advogado afirmou que a briga que levou ao atropelamento foi causada por este sentimento de ciúmes, caracterizando uma ação violenta e intencional.
A Polícia Civil está tratando o caso como tentativa de feminicídio. Depois de atropelar a vítima com seu carro, Douglas acelerou e continuou dirigindo com o corpo dela preso ao veículo por aproximadamente um quilômetro, até a Marginal Tietê. O suspeito foi localizado em um hotel na Vila Prudente, zona leste da capital e resistiu à prisão, chegando a avançar contra os policiais, resultando em um disparo que atingiu seu braço.
Pernas amputadas
O ocorrido se deu por volta das 6 horas de sábado, 29, em frente a um bar na Vila Maria. Testemunhas e imagens de segurança confirmam que houve uma discussão entre Taynara, Douglas e o homem que acompanhava a vítima. Momentos depois, o suspeito entrou no carro e atropelou Taynara, não parando o veículo enquanto ela ficou presa embaixo, sendo arrastada até que seu corpo se soltou próximo a um posto de gasolina.
Taynara foi socorrida por testemunhas e levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde permanece em estado grave. Douglas deve passar pela audiência de custódia, e ainda não nomeou um advogado, cabendo, caso não o faça, a nomeação de um defensor público.
Estadão Conteúdo

