O Tribunal do Júri de Sobradinho declarou Adriana Martins de Aguiar culpada e sentenciou-a a 14 anos e 22 dias de prisão pelo assassinato de seu companheiro, João Paulo Mancinelli Silva, de 36 anos. O crime ocorreu em 11 de abril de 2024, na residência do casal na Quadra 13 da região administrativa.
Adriana foi detida em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal no dia do homicídio. A vítima sofreu uma facada no peito, e a faca utilizada no crime foi encontrada escondida sob um sofá pelos policiais.
João Paulo recebeu atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi levado ao Hospital Regional de Sobradinho, mas não resistiu ao ferimento.
Em seu depoimento, Adriana alegou que tinha sido agredida pelo companheiro e que ambos consumiram várias drogas no momento do crime. Ela também afirmou que ele havia tomado o ansiolítico clonazepam, conhecido como Rivotril.
O relacionamento entre Adriana e João Paulo era marcado por conflitos constantes, de acordo com a denúncia do Ministério Público. No dia do crime, após uma discussão intensa, João Paulo teria saído de casa e, ao retornar, teria ocorrido uma briga mais severa entre os dois.
Para a juíza responsável pelo julgamento, a ação da ré foi considerada extremamente reprovável, especialmente porque o crime ocorreu enquanto ela cumpria pena por outro delito. Adriana possui condenações anteriores por furto qualificado, tentativa, homicídio simples e infrações ao Estatuto do Desarmamento.
A magistrada ressaltou que, além da dor da mãe e do irmão da vítima, os dois filhos de João Paulo perderam o pai de forma trágica, enfrentando consequências difíceis desde então.
A pena foi fixada em regime fechado, porém a juíza optou por não ordenar a prisão imediata, devido à substituição da prisão preventiva pela domiciliar humanitária por um motivo excepcional não revelado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.