O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, disse nesta terça-feira (25) que o fim da escala de trabalho 6×1 vai ter um processo de adaptação especial para micro e pequenas empresas. Ele explicou que essa discussão será feita pelos deputados quando eles analisarem a proposta.
Segundo o ministro, ainda não é possível definir como será esse processo, pois é preciso analisar o impacto financeiro. Existem opções, como incentivos ou redução de impostos para ajudar esses pequenos negócios.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 8/2025, apresentada na Câmara dos Deputados em fevereiro, propõe acabar com o sistema de seis dias de trabalho por um de descanso (6×1). A ideia é limitar a jornada a 36 horas semanais, divididas em 4 dias trabalhados por semana. Outras propostas sobre redução da jornada também estão sendo discutidas no Congresso.
O projeto enfrenta resistência de empresários que dizem que a mudança pode aumentar os custos das empresas, que terão que contratar mais funcionários. Para Guilherme Boulos, o governo e os parlamentares sabem que é necessário criar formas de ajudar os pequenos negócios para que eles não sejam prejudicados.
“É importante diferenciar os grandes empresários, as corporações e bancos, dos pequenos empresários, como quem tem uma pequena oficina ou um restaurante com poucos funcionários. Para esses pequenos, é preciso um modelo de transição para garantir que o negócio continue funcionando sem problemas após o fim da escala 6×1”, explicou o ministro.
Ele acrescentou que os grandes empresários geralmente conseguem lidar com os custos maiores.
Guilherme Boulos também destacou que a atual jornada de trabalho prejudica muitos trabalhadores, que acabam sem tempo para a família, para cuidar da casa ou para se divertir e estudar.
Estas informações foram fornecidas pela Agência Brasil.
