Ministério Público de São Paulo vai acompanhar a investigação do caso da morte de um mecânico, em Itapevi, grande São Paulo, envolvendo dois policiais militares. Eduardo Alves dos Santos, 42 anos, foi morto em 16 de janeiro.

Adriano Soares de Araujo e Rafael Francisco de Vasconcelos foram afastados de suas funções. Ambos haviam sido chamados por Fernanda Camargo, uma atendente de 36 anos, para protegê-la ao retirar objetos pessoais da casa onde morava com o marido, o mecânico Eduardo Alves dos Santos.

Segundo relato de Fernanda, um dos PMs, Adriano Soares de Araujo, abordou a vítima de maneira desmedida, abuso de força. O policial ainda ao retornar da viatura, usou um cassetete para continuar agredindo o mecânico.

Eduardo dos Santos foi levado a uma delegacia, onde passou mal, chegou a ser atendido por uma unidade do SAMU, mas não resistiu aos ferimentos.

O subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais do MP, Mario Luis Sarrubbo, considerou que o caso toma outra proporção após a narrativa de Fernanda ser análoga ao das imagens obtidas pela investigação. “Há um forte indício de eventual abuso. É necessária uma investigação bem estruturada”, disse.

Apesar dos dois policias terem sido afastados, segundo o ouvidor das Polícias de São Paulo, Julio César Fernades Neves, apenas Adriano Soares de Araújo teve participação nas agressões.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou informa que a Corregedoria da PM abriu um Inquérito Policial Militar para apurar o caso. Outro inquérito segue em andamento na delegacia de Itapevi, a esposa e a mãe da vítima já foram ouvidas. O próximo passo é colher depoimento dos policiais militares.

Ainda segundo o texto, a Corregedoria da Polícia Civil acompanha a investigação dos fatos e apura as condutas dos policiais que registraram a ocorrência.

 

*Informações do repórter Felipe Palma- Jovem Pan