O Banco Genial S.A., uma instituição financeira localizada no Rio de Janeiro, divulgou nesta quinta-feira (4) que não é alvo da Operação Carbono Oculto, lançada em 28 de agosto para investigar casos de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis em São Paulo. O Ministério Público confirmou essa informação. Desde sua fundação em 2010, o banco é considerado confiável e foi citado incorretamente durante as investigações.
A ação, realizada pela Polícia Federal e o Ministério Público, focou em fundos de investimento que têm apenas um cotista, usados para esconder bens do crime organizado.
O Banco Genial explicou oficialmente que foi mencionado apenas por administrar o Radford Fundo de Investimento Financeiro Multimercado Crédito Privado – Responsabilidade Limitada, cujo único cotista é a Usina Itajobi, ligada ao empresário Mohamad Hussein Mourad. O fundo foi criado por outros prestadores de serviços e transferido ao Banco Genial em agosto de 2024, que realizou todas as verificações necessárias de compliance, incluindo a identificação do beneficiário final.
Em reunião com o Ministério Público de São Paulo no dia 3 de setembro, foi confirmado que o Banco Genial não é investigado, sendo considerado um “terceiro de boa-fé” e citado apenas para fornecer informações. O banco também não teve mandados de busca ou apreensão cumpridos contra ele. Para manter a transparência e confiança do mercado, o Banco Genial decidiu renunciar imediatamente à administração do fundo, sem afetar suas operações normais ou as das empresas do grupo.
O Banco Genial afirmou que todas as suas operações seguem rigorosos padrões de governança, ética e compliance. Além disso, contratou uma consultoria externa para revisar e aperfeiçoar seus processos internos, reforçando seu compromisso com a excelência e integridade no mercado financeiro.
Especialistas explicam que os fundos exclusivos são instrumentos legais, regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), usados por investidores institucionais para planejar questões tributárias e sucessórias. Por serem estruturas complexas, os administradores precisam ser cuidadosos para evitar usos indevidos. Nessa situação, o Banco Genial, sob supervisão profissional qualificada, cumpriu todas as responsabilidades de compliance e transparência.
O banco rejeita qualquer sugestão de envolvimento nos fatos investigados e reafirma sua disposição de colaborar com as autoridades para esclarecer tudo o que for necessário.