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quinta-feira, 21/11/2024
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MP abre procedimento para analisar denúncia contra ministra do Turismo, Daniela Carneiro

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Queixa-crime foi feita pelo deputado federal Deltan Dallagnol e baseada em reportagens sobre gráficas ‘fantasmas’ usadas durante a campanha

(Ministério do Turismo/Divulgação)

O Ministério Público do Rio abriu procedimento preliminar para analisar notícia-crime feita pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos – PR) contra a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União). O ex-procurador da Lava-Jato se baseou em denúncias divulgadas pela imprensa sobre gastos com verbas do fundo eleitoral em duas gráficas que seriam “fantasmas”.

A ministra nega qualquer irregularidade. O diretório do União Brasil no Rio informou que vai acionar o Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação de Deltan Dallagnol por quebra de decoro por denunciação caluniosa contra a ministra.

Na campanha para reeleição como deputada federal, Daniela Carneiro gastou R$ 1,092 milhão com duas gráficas: a Rubra Editora e Gráfica, aberta em 2013, recebeu R$ 561,5 mil, enquanto a Printing Mídia, aberta em 2020, recolheu R$ 530,7 mil. Ambos figuram como os maiores gastos da campanha de Daniela.

Segundo reportagem do portal Metrópoles, as duas gráficas não funcionam nos endereços nos quais estão registradas. As duas gráficas têm como sócio-administrador Filipe de Souza Pegado, um ex-assessor da prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido da ministra, Waguinho, conforme mostrou o GLOBO.

O GLOBO apurou que Pegado, nomeado como assessor especial do setor de contratos e convênios da secretaria municipal de Educação de Belford Roxo entre março e setembro de 2021, emplacou posteriormente a mulher, Andressa de Paula Farias Pegado, no mesmo cargo. Andressa, cuja nomeação foi publicada no Diário Oficial do município na mesma data em que o marido foi exonerado, permaneceu no cargo até março de 2022. O salário mensal do casal era de R$ 2 mil. Meses depois de o casal deixar a prefeitura, as gráficas foram contratadas pela campanha de Daniela.

Daniela defende que o material foi produzido e entregue pelas empresas, e retirado pela equipe de campanha. Segundo a ministra, uma das gráficas terceiriza parte da produção e haveria uma divergência cadastral junto à Receita Federal.

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