O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se pronunciou no início da sessão desta terça-feira (9/12) após o tumulto causado pela remoção à força do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) da Mesa Diretora. Durante seu discurso, Motta criticou Glauber e afirmou que seguiu os protocolos internos da Câmara para a retirada do parlamentar.
“A Câmara não vai se submeter a esse tipo de comportamento, nem hoje, nem nunca. Meu dever como presidente desta casa é proteger o Parlamento. Isso foi feito ao cumprir rigidamente os protocolos de segurança e o regimento interno”, explicou Motta.
O projeto de lei da Dosimetria, que prevê a redução das penas para condenados em crimes relacionados à trama golpista, estava na pauta para votação pelos deputados na noite desta terça.
Glauber Braga declarou que ocuparia a Mesa da Presidência após Motta anunciar a votação de sua cassação para quarta-feira (10/12). Posteriormente, a Polícia Legislativa retirou Glauber do plenário de forma rigorosa.
“Hoje ficou claro que quem tentou desrespeitar o Legislativo se desrespeitou, quem tentou bloquear o diálogo revelou sua própria intolerância, e quem desafiou a Câmara encontrou uma instituição firme, serena e justa”, afirmou Motta.
Enquanto Glauber estava sentado na cadeira, as transmissões oficiais da Câmara foram suspensas e servidores e jornalistas foram impedidos de acessar o plenário.
O deputado do PSol enfrenta um processo de cassação por ter retirado, de forma agressiva, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara em 2024. Ele acusa o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de ser o principal responsável pela articulação contra ele. Glauber atribui essa ação às críticas frequentes que fez a Lira, especialmente referentes à execução das emendas parlamentares.

