Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, declarou que a votação que revertia o aumento do IOF contou com o apoio de parlamentares tanto da direita quanto da esquerda, e criticou a divisão extrema entre grupos políticos, que ele chamou de “nós contra eles”.
De acordo com Motta, esse tipo de polarização é prejudicial a toda a sociedade. “Aqueles que fomentam a divisão ‘nós contra eles’ acabam governando contra a população inteira. A Câmara aprovou, com 383 votos de deputados de diferentes espectros políticos, o fim do aumento de um imposto que afeta toda a cadeia econômica. O cansaço com a polarização política é grande, e agora tentam transformar isso em uma polarização social”, escreveu em suas redes sociais.
No dia da votação, outras três propostas foram aprovadas: uma que autoriza investimentos de R$ 15 bilhões em habitação e permite o governo vender o excedente de petróleo, o que ajudará a arrecadar uma quantia significativa sem aumentar impostos; outra que regula o crédito consignado no setor privado; e uma que isenta do Imposto de Renda os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.
Motta ainda afirmou que agir com lealdade ao país significa alertar sobre problemas, e não concordar cegamente. “Um líder que percebe que o país está indo para um perigo e não alerta não é leal, é conivente. Nós avisamos ao governo que a matéria do IOF teria grande resistência no Parlamento. O presidente de um poder deve servir ao país, não apenas ao seu partido.”