O motorista de aplicativo investigado por agredir um homem de 68 anos durante uma discussão no trânsito possui um histórico criminal conhecido. Deivid Trindade da Silva, 31 anos, foi detido anteriormente em 2014 por roubo, em 2015 por tráfico de entorpecentes e, em dezembro de 2024, esteve envolvido em um acidente de trânsito que resultou em ferimentos a uma mulher, embora esta não tenha registrado queixa formal.
O episódio recente ocorreu na terça-feira (30/9), na Avenida Leste de Samambaia, e está sendo apurado pela 26ª Delegacia de Polícia, localizada na mesma região onde ocorreu a agressão.
O que aconteceu?
Imagens capturadas por outros motoristas que transitavam pela via por volta das 9 horas mostram a sequência dos fatos. Um Chevrolet Onix branco ultrapassa veículos para alcançar o carro da vítima, um Toyota Corolla prata. O veículo branco então bloqueia o caminho do Corolla, momento em que o condutor e um passageiro descem e se dirigem ao outro carro.
Em seguida, o motorista do Onix confronta o outro homem, chegando a retirar a chave da ignição do carro da vítima. Depois, ele agride o condutor, que permanece dentro do automóvel tentando se defender.
Socorro e atendimento
Durante a confusão, o genro da vítima, Izidro Pereira Dantas Neto, que passava pelo local, prestou ajuda. A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada e encaminhou todos os envolvidos para a delegacia.
Izidro foi atendido no Hospital Regional de Taguatinga pelo Corpo de Bombeiros após sofrer duas fraturas faciais.
Segundo ele, um veículo branco tentou ultrapassá-lo na via, o que foi impedido, causando uma colisão entre os carros. Izidro parou no acostamento para discutir os danos com o outro motorista.
Declaração do suspeito
Em seu depoimento, Deivid negou a agressão, afirmando que apenas tentou impedir a fuga de Izidro. Alegou também que os ferimentos da vítima ocorreram durante a colisão dos veículos.
O delegado de plantão avaliou que não houve flagrante delito, pois os policiais não presenciaram a agressão e o passageiro do motorista de aplicativo confirmara não ter visto agressão física.
Assim, não foi realizado flagrante, mas foi aberto um inquérito para investigar profundamente os fatos, incluindo exames periciais e coleta de testemunhos.