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segunda-feira, 25/11/2024
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Motorista de Uber no DF diz que teve porta de carro amassada por taxistas

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Ele pegava usuários perto ponto de táxi em frente a shopping da Asa Norte. ‘Não aceitamos violência’, diz presidente do Sindicato dos Taxistas do DF.

Porta do carro foi amassada durante agressão. (Foto: Daniel Torres/Arquivo Pessoal)
Porta do carro foi amassada durante agressão. (Foto: Daniel Torres/Arquivo Pessoal)

 

O motorista do Uber Daniel Torres afirmou que teve a lateral e o capô do carro amassados por taxistas quando pegava dois passageiros em uma área próxima a um ponto de táxi em frente a um shopping na Asa Norte, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (23). A agressão teve início no momento em que os dois usuários embarcavam no carro, disse.

Segundo Torres, os três taxistas o xingaram de “pirata” e começaram a insultá-lo. Dois deles teriam usado ferramentas para bater na lateral e no capô do carro do condutor do Uber.

O motorista afirma que teve de arrancar com o carro para evitar que os usuários fossem agredidos. “Minha preocupação era colocar os passageiros em segurança porque eles estavam desesperados, bem nervosos. Hoje fui eu, amanhã pode ser um cara mais esquentado e partir para uma reação pior.”

Após deixar os passageiros no destino, Torres registrou boletim de ocorrência na 5ª DP, na Asa Norte. “Eu cheguei a errar o caminho por estar nervoso. A polícia me falou que sempre são registrados casos do tipo naquela delegacia. Enquanto não houver provas concretas  como vídeos e fotos, eles dizem não poder fazer nada.”

O reparo do carro só deve ser feito na próxima semana, por causa do feriado, diz Torres. Ele estima que vai ter que desembolsar R$ 2 mil para consertar o veículo.

A presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal(Sinpetaxi), Maria do Bonfim, afirma que a entidade reprova atos de violência por parte dos taxistas.

“O sindicato é contra qualquer tipo de violência. A orientação que passamos aos taxistas é que todos sejam respeitados. Não concordamos com ações assim. Aguardamos a decisão do governo sobre a regularização do aplicativo, mas não apoiamos gestos como este. O sindicato não aceita violência.”

Conversa
Após o conflito, cerca de 40 motoristas do Uber foram até o ponto de táxi em frente ao shopping para conversar com os taxistas. Segundo o motorista do aplicativo André Cavalari, alguns dos funcionários do sistema ficaram revoltados com a situação.

“A empresa quer que os motoristas trabalhem sem complicação. A Uber não autoriza que aconteçam ações violentas como o que os motoristas tentaram fazer nesta noite.”

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