Juíz determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o cumprimento de diversas medidas cautelares. O caso segue em segredo de justiça
O motorista bêbado que matou o motociclista Fábio Freire Pontes, de 38 anos, ao dirigir na contramão no Setor C Sul, em Taguatinga, foi liberado em audiência de custódia. O juiz que atendeu o caso determinou que o motorista, identificado como Yuri de Jesus Zerbini, 23 anos, usasse tornozeleira eletrônica e cumprisse diversas medidas cautelares.
Yuri passou por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (29/11), após ser preso em flagrante, neste domingo (28/11), no local do acidente que resultou na morte do frentista Fábio Freire. O processo segue em segredo de justiça.
O caso
Na manhã de domingo, Fábio Freire Pontes deixou sua casa para ir ao SOF Sul, no posto São Roque, onde trabalhava como frentista. No caminho para o trabalho, ele foi atingido pelo carro conduzido por Yuri, que estava bêbado e dirigia na contramão. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado, mas Fábio não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Yuri fez o teste do bafômetro e, segundo o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), tinha quantidade de álcool considerada crime de trânsito. O condutor foi autuado por embriaguez ao volante e homicídio doloso, quando se assume o risco de matar.
Após a colisão, Yuri se queixou de dores nas costelas e foi levado para o Hospital Regional de Ceilândia. Descartado possíveis lesões, ele foi encaminhado para a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). De acordo com a Polícia Civil do DF (PCDF), o motorista não tinha antecedentes criminais.
Dor imensa
Ao Correio, um amigo contou que o frentista era prestativo e empenhado em ajudar os colegas. “Quando alguém tinha algum prejuízo, ele era o primeiro a propor alguma vaquinha. Ele era disposto a ajudar as pessoas, era um cara que sempre teve um coração imenso”, pontua Murillo Muniz, 25 anos, morador de Planaltina e frentista.
Pai de dois filhos, um menino e uma menina de 9 meses de idade, Fábio se dedicava muito à família. “Ele sempre quis muito ter uma filha. E agora vai deixando uma filha tão pequenininha. A menina não vai ter a oportunidade de conhecer o paizão que ela tinha, quem era o paizão dela. Por isso fica essa dor, o Fábio era um cara incrível”, assegura o amigo.