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terça-feira, 12/08/2025

Motim: Câmara decide hoje se amplia prazo para analisar punições

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Os membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e da Corregedoria Parlamentar irão se encontrar nesta terça-feira (12/8) para deliberar sobre a possível prorrogação do prazo destinado à análise dos pedidos de suspensão dos deputados envolvidos no motim.

O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e o corregedor Diego Coronel (PSD-BA) terão uma reunião às 8h na residência oficial da presidência da Câmara.

Na última sexta-feira (8/8), Motta remeteu à corregedoria as representações feitas por partidos contra parlamentares ligados aos tumultos. A decisão seguiu uma resolução que estabelece o rito comum, isto é, cinco dias úteis para a defesa dos deputados e até 45 dias para o parecer do corregedor, totalizando até 50 dias para a tramitação dos pedidos de suspensão.

Entretanto, os pedidos dizem respeito à suspensão provisória dos mandatos, que requer um processo mais ágil. Nesse cenário, o corregedor teria 48 horas para emitir parecer e a Mesa Diretora precisaria encaminhar os casos ao Conselho de Ética até esta quarta-feira (13/8).

O corregedor irá analisar cada situação de forma individual e poderá optar pelo rito mais célere ou o ordinário para encaminhar à Mesa Diretora. Espera-se que diferentes regras se apliquem a diferentes deputados.

Deputados que podem sofrer sanções:

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
  • Nikolas Ferreira (PL-MG);
  • Luciano Zucco (PL-SC);
  • Allan Garcês (PP-MA);
  • Caroline de Toni (PL-SC);
  • Marco Feliciano (PL-SP);
  • Domingos Sávio (PL-MG);
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS);
  • Zé Trovão (PL-SC);
  • Bia Kicis (PL-DF);
  • Carlos Jordy (PL-RJ);
  • Julia Zanatta (PL-SC);
  • Marcos Pollon (PL-MS);
  • Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Contexto do motim na Câmara

A ala bolsonarista da Câmara bloqueava os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (4/8).

Eles demandavam a votação imediata de três medidas: um projeto para anistiar envolvidos nos eventos do dia 8 de janeiro, a proposta de Emenda à Constituição para eliminar o foro privilegiado e o impeachment de Moraes.

Dois dias depois, na quarta-feira (6/8), Motta convocou uma sessão e ameaçou suspender por seis meses qualquer deputado que persistisse em interromper os trabalhos.

Na quinta-feira (7/8), em entrevista, o presidente da Câmara declarou que o caso estava sendo avaliado. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reiterou que não se submete a pressões ou imposições.

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