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sexta-feira, 22/11/2024
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Mostra com gravuras no DF traz obras de ‘sociedade secreta’ de artistas

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Exposição traz quadros ‘modificados’ de nomes como Rembrandt e Goya. ‘Sociedade Cavalieri’ é atração gratuita na Caixa Cultural até 3 de janeiro.

Obra de Marco Pitteri (Foto: Pierre Lapalu/Divulgação)
Obra de Marco Pitteri (Foto: Pierre Lapalu/Divulgação)

Obras de arte de uma “sociedade secreta” de artistas europeus que trabalharam com gravuras ao longo de mais três séculos podem ser vistas a partir desta quarta-feira (11) na Caixa Cultural de Brasíliana exposição “A Sociedade Cavalieri”. Com quadros que estabelecem um diálogo entre ficção e realizada, o prorgrama fica em cartaz até 3 de janeiro, com entrada franca.

A mostra é dividida em duas partes. Na primeira delas, está a biografia de Giovanni Battista de Cavalieri, que inspirou a criação da sociedade, e é acompanhada de sua série de gravuras de monstros. O artista é contemporâneo de contemporâneo de nomes como Michelangelo, Raphael e Caravaggio.

O segundo espaço da mostra traz obras “modificadas” de 24 renomados artistas da gravura, membros da sociedade, como o holandês Rembrandt, o espanhol Goya (1746-1828), o inglês Hogarth, o italiano Giovanni Battista Tiepolo e os franceses Honoré-Victorien Daumier e Odilon Redon.

O trabalho foi feito pelo artista curitibano Pierre Lapalu, especialista em obras com ficções, apropriações, processos e questões institucionais, por meio de desenhos, fotografias e arte digital.

Obra de Anders Zorn (Foto: Pierre Lapalu/Divulgação)
Obra de Anders Zorn (Foto: Pierre Lapalu/Divulgação)

“Conheci a gravura de Giovanni Battista de Cavalieri quando visitava um blog russo de arte. Fiquei fascinado com suas gravuras. Obscuras, grotescas, simples e esquisitas, de uma forma complexa. Fiquei ainda mais curioso quando descobri que seu autor, na verdade, era um artista contemporâneo de Ticiano.”

Apesar de Cavalieri ter realmente existido e de todo o enredo desenhado por Lapalu fazer um certo sentido, a sociedade é mais uma obra de ficção.

A exposição é uma apropriação de obras de artistas do passado e de uma estética discursiva das instituições e da história da arte. O intuito é criar uma narrativa própria, para que o público possa desvendar a ficção e encontrar verdades e mentiras.

“Baseado em fatos reais, o artista recria a presença do gravador Giovanni Battista de Cavalieri na história da arte. A partir da série de gravuras ‘Obra na qual se veem monstros de todas as partes do mundo antigo e moderno’, publicada em 1585, o artista inventa uma sociedade secreta e dá vida a novos monstros, colocando à prova um método até então inexistente”, afirma o artista Felipe Prando, que assina o catálogo da mostra.

Lapalu tem 35 anos e é artista visual formado em Gravura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). O artista participou da Bolsa Produção IV, em 2010, pela Fundação Cultural de Curitiba, onde desenvolveu o projeto “O Etnógrafo Naïf”, com 50 desenhos de figuras humanas em situações urbanas, atribuindo os trabalhos a um artista fictício.

Em 2013, o gravador apresentou pela primeira vez a instalação “A Sociedade Cavalieri, na Bienal Internacional de Curitiba. No ano passado, o artista recebeu o prêmio nacional no III Salão Xumucuís de Arte Digital em Belém, no Pará.

A Sociedade Cavalieri

Local: Caixa Cultural Brasília, Galeria Vitrine
Endereço: SBS Quadra 4, lotes 3 e 4
Data: de 11 de novembro de 2015 a 3 de janeiro de 2016
Horário: de terça a domingo, das 9h às 21h
Informações: 3206-9448
Ingresso: entrada franca

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