O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou espécimes suspeitos da praga quarentenária mosca-da-carambola durante monitoramento no estado do Amazonas.
A detecção ocorreu em uma armadilha instalada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) em Rio Preto da Eva, na Região Metropolitana de Manaus. A amostra foi encaminhada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiânia (LFDA-GO) para análise.
“Equipes do Mapa já estão adotando as medidas fitossanitárias previstas na Portaria SDA nº 776/2025 e no respectivo manual de procedimentos”, diz nota do Mapa.
A mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) é uma praga de alto risco econômico com grande potencial destrutivo. Este inseto prefere atacar a caramboleira, mas pode também afetar diversas outras culturas, incluindo manga, goiaba, acerola, tomate, mamão, pimenta, jambo, caju e laranja.
Originária do sul da Ásia, a mosca-da-carambola foi introduzida nas Américas pelo Suriname, por volta de 1975, e encontrada pela primeira vez no Brasil no estado do Amapá, em 1996. Até 2023, os casos no Brasil estavam limitados aos estados do Roraima e Amapá, com registros esporádicos em outras localidades.
Segundo o Mapa, esta praga é considerada de alto risco porque pode causar danos econômicos importantes ao prejudicar a produção, aumentar custos e limitar as exportações de frutas.
Desde sua detecção inicial, o Mapa mantém um programa nacional de vigilância com aproximadamente 11 mil armadilhas distribuídas no país, conforme o risco de propagação da praga.
“A captura dos espécimes suspeitos ocorreu em uma dessas armadilhas do Programa Nacional de Vigilância da Mosca-da-Carambola, que faz parte das ações contínuas de monitoramento da Defesa Agropecuária”, informa o Mapa.
A mosca-da-carambola não apresenta risco para humanos nem transmite doenças. Porém, afeta economicamente e ambientalmente ao provocar a queda prematura dos frutos.
Quando o inseto se alimenta de uma fruta — especialmente a carambola — ele deposita larvas dentro dela. Essas larvas se desenvolvem usando o interior do fruto como habitat, acelerando seu amadurecimento e provocando sua queda antes do tempo, ficando o fruto deteriorado e inutilizável.