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sábado, 28/06/2025




Mortes por fome em Gaza atingem 516 em um mês

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Desde a implantação da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) há pouco mais de um mês, 516 palestinos que buscavam alimentos foram mortos na região. A GHF é responsável pela distribuição de alimentos nos locais controlados por Israel em Gaza.

Na manhã desta terça-feira (24), mais um ataque resultou na morte de 50 palestinos, conforme dados do Ministério da Saúde local, sob controle do Hamas.

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) denunciou que ataques constantes nas áreas de distribuição de ajuda dos Estados Unidos e de grupos ligados a Israel configuram crimes modernos, atraindo pessoas desesperadas para emboscadas letais.

Organizações independentes e a ONU confirmam as mortes. Vídeos que circulam pela internet mostram multidões famintas fugindo enquanto tiros são disparados. Israel afirma que seus soldados atacaram pessoas suspeitas que se aproximavam.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 3,7 mil pessoas ficaram feridas nesses ataques nos centros da GHF, que tem apoio de Israel e dos EUA e é a única organização liberada para distribuir alimentos na área.

Philippe Lazzarini, chefe da Agência de Refugiados Palestinos (UNRWA), classificou os pontos de distribuição como ‘armadilhas mortais’. Jonathan Whittall, do Escritório de Assuntos Humanitários da ONU para Gaza, relatou um padrão onde forças israelenses abrem fogo contra multidões que tentam conseguir comida.

“Mais de 60 pessoas foram mortas e centenas feridas recentemente quando um tanque disparou contra uma multidão esperando por alimentos”, explicou Whittall.

Fome em Gaza

A UNRWA alerta que a comida fornecida pela GHF é insuficiente. Cerca de 2 milhões de palestinos da região enfrentam fome severa, com crianças morrendo de desnutrição.

Em maio, mais de 5 mil crianças foram tratadas por desnutrição aguda, um aumento significativo em relação a meses anteriores, segundo dados da ONU.

Philippe Lazzarini também afirmou que há um plano contínuo para enfraquecer a viabilidade do Estado palestino, desencorajando o retorno dos palestinos e alterando a demografia da região.

A ONU informa que cerca de 6 mil caminhões com ajuda humanitária estão retidos na fronteira de Gaza, sem permissão para entrar. Israel afirma que a ajuda poderia ser desviada para o Hamas, mas a entrada dessa ajuda é um direito humano fundamental.

Contexto do conflito

O atual conflito em Gaza começou em outubro de 2023, após um ataque surpresa do Hamas contra regiões ao sul de Israel, que resultou em 1,2 mil mortes e cerca de 220 reféns, segundo as autoridades israelenses.

O Hamas justifica o ataque como uma resposta ao bloqueio de mais de 17 anos imposto a Gaza e à ocupação dos territórios palestinos.

Desde 1948, estima-se que 750 mil palestinos foram expulsos de suas terras, dando início à crise dos refugiados.

Em retaliação ao ataque, Israel iniciou um ataque severo a Gaza, deslocando a maioria da população e destruindo grande parte da infraestrutura local, fatos classificados como genocídio por várias entidades internacionais.

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apoia a ocupação permanente de Gaza e promove a saída de palestinos, afirmando que o objetivo é resgatar reféns e eliminar o Hamas.

Informações baseadas em dados da Agência Brasil.




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