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segunda-feira, 25/08/2025

Moro critica pedido do PT para depor na CPMI do INSS: ridículo

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O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) respondeu nesta segunda-feira (25/8) à solicitação do PT para que ele seja chamado a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Em postagem na rede X (antigo Twitter), o ex-juiz definiu o pedido como “ridículo” e afirmou que o partido tenta criar uma “cortina de fumaça”.

“Vejo que o PT, desesperado por criar cortina de fumaça, quer me convocar para depor na CPMI do INSS. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, que eu liderei, nunca tratou de descontos em aposentadorias ou pensões, então o pedido é ridículo. Mesmo assim, posso ir com boa vontade para falar, pois sou especialista em desmontar esquemas de fraude do PT e posso fornecer informações sobre seu funcionamento. Eu não tenho, como o Lula, um irmão que preside sindicato beneficiado por fraude contra aposentados. E foi o Lula, não eu, quem nomeou o ex-presidente do INSS suspeito de receber propina”, declarou Moro.

O senador mencionou a iniciativa do deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que quer convocar Sergio Moro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para depor na CPMI.

Segundo Correia, após o fim do Ministério do Trabalho, a responsabilidade para autorizar a criação de novos sindicatos passou ao então ministro da Justiça, cargo que Moro ocupou no governo Bolsonaro. Durante esse período, ele argumenta que houve crescimento de entidades suspeitas de realizar descontos ilegais em aposentadorias e pensões.

Na semana passada, a CPMI do INSS definiu sua direção: o senador Carlos Viana (Podemos-MG) assumiu a presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) foi escolhido como relator.

O escândalo envolvendo o INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. Três meses depois, foi mostrado que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidades de aposentados havia aumentado, atingindo R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações enfrentavam milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As denúncias resultaram na abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e auxiliaram as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 reportagens do Metrópoles foram citadas pela PF na representação que motivou a Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, que levou à demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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