O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou um dos policiais militares acusados pelos eventos de 8 de janeiro a sair de casa para participar da festa junina na escola de seu filho. A permissão é direcionada ao major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Flávio Silvestre de Alencar, um dos sete investigados por suposta negligência durante os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023.
Flávio chegou a ser detido, mas foi liberado mediante cumprimento de medidas restritivas, incluindo prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica.
Autorizo o deslocamento do denunciado Flávio Silvestre de Alencar, no dia 28/6/2025, para participar da festa junina de seu filho, durante o período estritamente necessário para o deslocamento para a festa, a ser realizada entre 10h e 16h. Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas, escreveu Moraes na decisão publicada em 27 de junho.
Julgamento adiado
O STF suspendeu temporariamente o julgamento que avaliaria a responsabilidade da alta cúpula da PMDF na suposta omissão durante os episódios do dia 8 de janeiro de 2023. A pauta, que estava marcada para 13 de junho, foi retirada sem nova data definida até o momento.
Réus
Os envolvidos no processo são:
- Coronel Fábio Augusto Vieira: comandante-geral da PMDF em 8 de janeiro;
- Coronel Klepter Rosa Gonçalves: subcomandante no dia 8 e posteriormente promovido a comandante-geral;
- Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto: comandante do Departamento de Operações, afastado em 3 de janeiro;
- Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra: responsável pelo Departamento de Operações durante o evento;
- Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues: chefe do 1º Comando de Policiamento Regional;
- Major Flávio Silvestre de Alencar: atuante naquele dia;
- Tenente Rafael Pereira Martins: também envolvido nos acontecimentos.