O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou que uma solicitação para investigar o deputado Filipe Barros (PL-PR) seja incluída no processo que já investiga o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Essas investigações envolvem possíveis crimes como coação, obstrução de investigação sobre organização criminosa, e tentativa de enfraquecer o Estado Democrático de Direito.
O despacho com essa decisão foi assinado na quinta-feira, dia 24, mas isso não significa que o deputado Filipe Barros será automaticamente investigado. O que acontece é que o pedido será analisado junto com o processo que já trata de fatos semelhantes. Antes de incluir oficialmente o deputado no inquérito, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deverá dar sua opinião sobre o pedido.
No despacho, Alexandre de Moraes escreveu: “Como os fatos apresentados nessa denúncia já fazem parte de outro processo que estou acompanhando, junte-se esta cópia ao inquérito 4995/DF.”
O pedido de investigação foi feito ao STF pelo advogado Benedito Silva Junior, que acusa Filipe Barros de crimes contra a soberania do país. A denúncia tem como base uma notícia sobre uma viagem que o deputado, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, fez aos Estados Unidos em maio.
Segundo a notícia do portal Metrópoles, durante essa viagem o deputado teria se encontrado com Eduardo Bolsonaro e um congressista americano para discutir possíveis sanções contra Alexandre de Moraes.
O advogado afirma que o deputado teria participado de ações que poderiam ameaçar a independência do Judiciário e tentar influenciar decisões judiciais para que favorecessem um governo estrangeiro.
Informações por Estadão Conteúdo.