O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na tarde desta terça-feira (26/8), o aumento do policiamento na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes concordou com uma recomendação feita pela Procuradoria Geral da República (PGR), que identificou um possível risco de fuga do ex-presidente.
Moraes ordenou que a Polícia Penal do Distrito Federal execute o monitoramento permanente das medidas cautelares impostas a Bolsonaro, com equipes dedicadas à vigilância em tempo real da residência onde ele cumpre prisão domiciliar.
Para o ministro, a vigilância policial é uma ação adequada e necessária. Ele destacou a proximidade do julgamento do mérito da AP 2.668/DF e confirmou a efetividade das medidas cautelares já decretadas.
Na determinação, Moraes também ressaltou que o monitoramento feito pela Polícia Penal deve preservar a privacidade do local, evitando exposição desnecessária e não adotando medidas invasivas à esfera domiciliar ou que perturbem a vizinhança.
A solicitação para reforço no policiamento surgiu após a Polícia Federal enviar ao STF um pedido do líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, solicitando a intensificação da segurança para impedir qualquer tentativa de fuga. A Polícia Federal enfatizou a importância da manutenção e da verificação constante do sistema de monitoramento eletrônico nas proximidades da residência do ex-mandatário.
O Ministério Público Federal avaliou que a recomendação para que a Polícia destaque equipes de prontidão para vigilância deve ser seguida, tomando o cuidado para que a ação seja discreta e não cause incômodos à residência ou aos vizinhos.