O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou na quinta-feira (17/7) que seja feita a notificação da acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra George Washington de Oliveira Sousa, que é acusado de planejar o atentado com bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, Juscelino Kubitschek.
Moraes também solicitou que a denúncia seja comunicada a Alan Diego dos Santos Rodrigues e ao blogueiro Wellington Macedo de Souza, que estão presos na Cadeia Pública da Comarca de Comodoro/MT e na Penitenciária do Distrito Federal II, respectivamente.
Foi concedido um prazo de 15 dias para que os acusados respondam à denúncia.
Os três envolvidos tentaram explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília na véspera do Natal de 2022.
Condenações
Alexandre de Moraes determinou prisão em regime fechado para George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, mantendo a prisão do blogueiro Wellington Macedo de Souza. Eles foram condenados pela tentativa de detonar uma bomba no Aeroporto de Brasília, próximo ao Natal de 2022.
Entre eles, apenas George Washington estava em liberdade, cumprindo pena em regime aberto, e agora é considerado foragido.
A ordem de prisão foi emitida através de um pedido sigiloso do STF em 25 de junho. Moraes ressaltou que os réus são acusados de um crime sério e que há risco real de cometerem novos delitos.
Mesmo com condenações em primeira instância, o ministro explicou que os acusados soltos representam risco de fuga e são enquadrados como membros de organização criminosa contínua. O caso foi encaminhado ao STF devido à sua relação com os atos golpistas de 8 de janeiro.
George Washington segue foragido sob mandado de prisão ativo. Ele é apontado como um dos planejadores do ataque no Distrito Federal ocorrido em 24 de dezembro de 2022.
Alan Diego se entregou à Polícia Civil de Mato Grosso em 17 de janeiro de 2023, na cidade de Comodoro (MT), e foi transferido para Brasília.
Bomba no aeroporto
A bomba estava escondida em um caminhão-tanque que iria entrar no Aeroporto Internacional de Brasília e era equivalente à potência de uma dinamite, mas não chegou a explodir devido a uma falha técnica.
George Washington conseguiu os explosivos derivados de emulsões vindos do Pará. Após consultar informações na internet sobre a montagem do artefato, ele recebeu os componentes de pessoas não identificadas, montou a bomba e a entregou para Alan Diego, que ficou encarregado de posicioná-la no caminhão-tanque.