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quinta-feira, 04/09/2025

Moraes nega acusação de modificar documentos feita por ex-assessor

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou as acusações feitas por seu ex-assessor, Eduardo Tagliaferro. O ex-assessor, que está foragido na Itália, afirmou em uma audiência por videoconferência no Senado que o ministro teria alterado documentos para justificar operações da Polícia Federal.

Eduardo Tagliaferro apresentou documentos à Comissão de Segurança Pública do Senado que segundo ele mostram uma alteração na data de uma petição assinada. O perito disse que teve que produzir um documento depois de uma ação policial, mas a data foi modificada para indicar que o documento teria sido feito antes da operação.

O ex-assessor afirma que a data foi mudada para esconder o fato da Polícia Federal ter feito buscas e apreensões baseadas apenas em informações de uma notícia divulgada na mídia.

De acordo com os metadados apresentados, o documento original foi criado em 28 de agosto de 2022 às 10h33, mas no processo de investigação consta como se tivesse sido produzido em 22 de agosto.

Em resposta, o ministro Alexandre de Moraes declarou que todas as investigações foram feitas de forma correta e que a assessoria do Tribunal Superior Eleitoral foi chamada para recolher e repassar os dados às autoridades competentes.

Resposta do ministro:

“O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, durante as investigações dos inquéritos sobre Fake News e milícias digitais, vários pedidos e requisições foram feitos a órgãos diversos, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral, que possui competência para realizar relatórios sobre atividades ilícitas como desinformação e ataques à democracia.

Os relatórios descrevem as publicações ilegais feitas nas redes sociais, que estão diretamente relacionadas às investigações.

Parte desses relatórios foi juntada aos processos e enviada à Polícia Federal para continuação das investigações, sempre com o acompanhamento da Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais e estão documentados nos inquéritos em andamento no STF.

No caso específico da petição 10.543, após decisão do ministro relator em 19 de agosto, foi solicitado e juntado um relatório do TSE em 29 de agosto, com vista concedida às partes envolvidas. O recurso da PGR não foi aceito pelo STF em 9 de setembro. Tudo feito corretamente e registrado nos autos.”

Estadão Conteúdo

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