SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes retirou nesta quarta-feira (18) o sigilo de um relatório da Polícia Federal relacionado à chamada ‘Abin paralela’. O documento aponta o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e outras pessoas envolvidas.
A investigação da PF identificou crimes de organização criminosa na conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), porém não o indiciou pois ele já responde por esse tipo de crime em outra ação que trata da trama golpista.
O inquérito apurou o uso do software espião FirstMile pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Bolsonaro. A agência teria sido usada de maneira ilegal para monitorar autoridades, figuras públicas e para a produção de notícias falsas.
De acordo com a PF, entre os alvos da ‘Abin paralela’ estavam Alexandre de Moraes, relator das investigações contra bolsonaristas, além de Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli. Em um dos casos, a organização teria tentado envolver Moraes e Gilmar Mendes com o grupo criminoso PCC.
No Poder Legislativo, a lista de alvos incluiu o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seu antecessor Rodrigo Maia, e a ex-deputada Joice Hasselmann.
Agora, com o indiciamento feito pela PF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) irá analisar as provas para decidir se apresenta a denúncia ao Judiciário, solicita novas investigações ou arquiva o caso.