O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o encaminhamento dos exames e laudos médicos fornecidos pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que sejam avaliados por peritos da Polícia Federal (PF).
A decisão foi proferida na segunda-feira (15/12) e faz parte da investigação sobre a suposta necessidade de uma intervenção cirúrgica, citada pelos advogados do ex-mandatário.
Segundo o despacho de Moraes, a perícia da PF está agendada para quarta-feira (17/12) no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Esta ação ocorre no contexto da execução penal referente à condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de reclusão em regime inicial fechado.
Após a perícia ser realizada e o laudo pericial analisado, o processo deverá ser imediatamente encaminhado para conclusão visando nova deliberação do relator.
Na quinta-feira (11/12), a defesa de Bolsonaro solicitou autorização para que o ex-presidente realizasse exames de ultrassonografia. Os exames foram feitos na tarde do domingo (14/12), nas dependências da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro está detido.
Na segunda-feira seguinte, os advogados pediram ao ministro autorização para a realização urgente de procedimento cirúrgico. De acordo com a equipe, os exames detectaram duas hérnias inguinais. A cirurgia indicada pela equipe médica não é viável em ambiente prisional. O período estimado de internação hospitalar varia entre cinco e sete dias.
