O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o envio de policiais para monitorar a parte externa da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está cumprindo prisão domiciliar. Essa ação visa reforçar a segurança no local devido ao alerta da Procuradoria-Geral da República (PGR), que identificou um risco concreto de fuga.
Além do policiamento externo, Moraes ordenou inspeções nos veículos que saem da residência, incluindo o porta-malas. Essas verificações devem ser registradas diariamente, indicando os veículos, motoristas e passageiros, com relatórios encaminhados ao juízo competente.
Em documento enviado ao STF na sexta-feira (29/8), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou sua avaliação sobre o caso, ressaltando o risco real de fuga do ex-presidente, porém se posicionou contra a prisão preventiva em unidade prisional. Ele também não considerou necessária a presença de agentes dentro da casa, mas solicitou uma vigilância mais rigorosa na área externa.
Na decisão divulgada no sábado (30/8), Moraes considerou um relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF, que apontou dificuldades no monitoramento do local. O documento informa que a residência do senhor Jair Messias Bolsonaro está rodeada por imóveis contíguos nas laterais e nos fundos, o que gera áreas de difícil visualização, chamadas pontos cegos.
Para garantir o acompanhamento efetivo do ex-presidente, conforme decisão anterior, é necessário implementar novas estratégias que respeitem a privacidade dos moradores da vizinhança e assegurem o cumprimento da lei penal, eliminando qualquer possibilidade de fuga, destacou o ministro na sua decisão.