CÉZAR FEITOZA
FOLHAPRESS
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), aprovou nesta terça-feira (17) o pedido para que o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Walter Braga Netto se encontrem cara a cara.
Os dois vão se encontrar na próxima terça-feira (24) na sede do Supremo, em Brasília. O general da reserva poderá deixar o Comando Militar do Leste pela primeira vez desde que foi detido há seis meses.
Moraes também autorizou o confronto entre o ex-ministro Anderson Torres e o ex-chefe do Exército Marco Antônio Freire Gomes, marcado para o mesmo dia.
Essa decisão aconteceu no primeiro dia após o encerramento do prazo para as defesas dos acusados na ação sobre a tentativa de golpe apresentarem novos pedidos de investigação. Esta etapa é a penúltima antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de membros centrais do grupo que tentou o golpe.
Também nesta terça-feira, o advogado Luiz Eduardo Kuntz, que representa um dos acusados, enviou ao STF fotos e áudios de diálogos que afirma ter tido com Cid e solicitou a anulação da delação.
As mensagens teriam sido trocadas por meio de uma conta no Instagram usada por Mauro Cid. A conta estava no nome da esposa dele, tinha poucas pessoas seguindo e não possuía fotos publicadas.
Marcelo Câmara, defendido por Kuntz, é réu no STF no caso da tentativa de golpe, acusado de rastrear a localização do ministro do STF Alexandre de Moraes, considerado o principal alvo de grupos bolsonaristas e militares para viabilizar o golpe, conforme a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Em seu depoimento ao STF, Cid negou ter usado a conta da esposa para se comunicar com pessoas relacionadas à delação.