O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou uma nota na noite desta terça-feira (23/12) detalhando os encontros que teve com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Moraes informou as datas dessas reuniões e afirmou que não discutiram a situação do Banco Master.
Segundo o ministro, houve dois encontros voltados para discutir os impactos da aplicação da Lei Magnitsky contra ele. O primeiro aconteceu em 14 de agosto, como desdobramento da aplicação inicial da lei em 30 de julho. Já o segundo ocorreu em 30 de setembro, após os Estados Unidos sancionarem sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, em 22 de setembro.
“Em nenhum desses encontros foi tratado qualquer tema relacionado à aquisição do BRB pelo Banco Master. Ele também esclarece que nunca esteve no Banco Central e que não houve nenhuma ligação telefônica com Galípolo para discutir esse ou outro assunto. Por fim, afirma que o escritório de advocacia de sua esposa nunca participou da operação de aquisição do BRB pelo Banco Master perante o Banco Central”, diz o comunicado.
A divulgação da nota vem em resposta a uma reportagem da colunista Malu Gaspar, publicada no jornal O Globo, que mencionava que o ministro teria buscado contato com Galípolo para tratar do Banco Master, indicando ao menos quatro encontros, sendo três presenciais e um por telefone, onde teria havido intercessão de Moraes a favor da instituição financeira de Daniel Vorcaro.
Moraes também mencionou que, em razão da aplicação da Lei Magnitsky, recebeu em seu gabinete para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil e os presidentes e vice-presidentes jurídicos de instituições financeiras importantes como o Banco Itaú. Além disso, participou de uma reunião conjunta com líderes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, da Febraban, do BTG, e vice-presidentes do Santander e Itaú.

