O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a vigília convocada para apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha a intenção de reanimar os acampamentos ilegais que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Esta informação está na decisão que determinou a prisão preventiva do ex-presidente. No documento, Moraes faz críticas diretas aos dois filhos do ex-presidente: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Moraes afirmou que Eduardo Bolsonaro age de maneira traiçoeira contra o país, inclusive abandonando seu mandato parlamentar. Já Flávio Bolsonaro teria insultado a Justiça e tenta repetir os acampamentos golpistas, gerando desordem social, sem assumir suas responsabilidades como senador.
O ministro destacou um vídeo do senador Flávio Bolsonaro que incentiva o desrespeito à Constituição, evidenciando que o grupo criminoso não tem limites para causar instabilidade social e conflito no Brasil, desrespeitando a democracia.
Moraes ressaltou que a democracia já está forte o suficiente para barrar e punir ações ilegais de organizações criminosas responsáveis por tentativas de golpe.
Ele também destacou que o grupo continua desrespeitando a Constituição, a democracia e o Judiciário, tendo inclusive planejado a fuga do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que está nos Estados Unidos e teve sua prisão preventiva decretada.
