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sábado, 02/08/2025

Moraes afirma que julgamento de Bolsonaro continua e sanções serão desconsideradas

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O ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou com firmeza que as penalidades aplicadas a ele, de qualquer origem, não interferirão no andamento legal dos processos contra os réus acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022.

Em discurso na abertura do Judiciário após o recesso, nesta sexta-feira (1º/8), Moraes ressaltou que o grupo central, liderado por Jair Bolsonaro (PL), será julgado rigorosamente conforme o protocolo do tribunal.

Ele frisou que o procedimento judicial não sofrerá adiantamentos nem atrasos, e que ignorará quaisquer sanções aplicadas, prosseguindo o julgamento coletivamente e sem se intimidar diante de ameaças internas ou externas.

Além do núcleo principal, composto por Bolsonaro e sete aliados, outros três grupos totalizando 31 réus também serão julgados até o segundo semestre de 2025. O STF pretende entregar uma resposta definitiva à sociedade sobre os responsáveis pela tentativa de golpe, sem permitir interferências exteriores.

Apesar das penalidades impostas pelos Estados Unidos à Brasil e a Moraes, incluindo a suspensão de vistos e tarifas comerciais, o processo seguirá seu curso normal. A ação penal contra Bolsonaro e os envolvidos não será afetada por essas medidas.

As alegações finais do ex-ajudante de ordens Mauro Cid foram apresentadas em 29 de julho, iniciando a contagem do prazo para que as defesas dos demais réus, incluindo Bolsonaro, se manifestem. Todos têm 15 dias para suas alegações, com o julgamento previsto para setembro.

Réus do núcleo central

O grupo principal da suposta ofensiva golpista inclui oito acusados, entre eles nomes próximos de Bolsonaro e ex-integrantes do governo:

  • Alexandre Ramagem: antigo diretor da Abin, acusado de espalhar notícias falsas sobre fraude eleitoral.
  • Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha, suspeito de apoiar o golpe.
  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça, supostamente assessorou juridicamente o plano golpista.
  • Augusto Heleno: ex-ministro do GSI, envolvido na disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral.
  • Jair Bolsonaro: ex-presidente e líder da tentativa de golpe.
  • Mauro Cid: ex-ajudante de ordens e delator.
  • Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa, envolvido na elaboração dos decretos ilegais.
  • Walter Souza Braga Netto: ex-ministro e general, atualmente preso, acusado de atrapalhar investigações e de participação em financiamento ilícito de ações contra o Estado.

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