O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afastou nesta quinta-feira os advogados de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro, e de Filipe Martins, antigo assessor especial da presidência, que fazem parte do “núcleo 2” da investigação sobre a tentativa de golpe.
Alexandre de Moraes explicou que os advogados agiram de forma incomum, atrasando a entrega das defesas finais, mesmo após serem avisados, o que configurou má-fé e tentativa de atrasar o processo que apura a tentativa de golpe de estado. Filipe Martins era representado por Jeffrey Chiquini e Marcelo Costa Câmara, por Eduardo Kuntz.
Até o momento, os advogados não comentaram a decisão.
Alexandre de Moraes ordenou que o caso siga para a Defensoria Pública da União (DPU), para que um defensor possa apresentar a defesa final dos réus. O ministro ressaltou que essa medida é necessária para evitar que o processo seja anulado e para garantir o direito de defesa, ao mesmo tempo que criticou o uso do processo para atrasar os procedimentos.
Com a participação da DPU, o processo estará pronto para a sentença. Essa ação faz parte da investigação do núcleo 2, que busca apurar os envolvidos na tentativa de permanecer no poder ilegalmente.
Estadão Conteúdo