Mateus Araújo
UOL/FOLHAPRESS
Alguns moradores de São Paulo estão sem água há cerca de dois dias devido à chuva forte e ventos que atingiram a cidade. Eles estão encontrando dificuldades para conseguir serviço de carro-pipa e relatam que os preços dobraram.
O zelador de um prédio na Vila Madalena, Adaurílio Moraes, 63 anos, tentou contato com sete empresas de carro-pipa, mas não conseguiu atendimento. Ele contou que o valor cobrado pelo serviço aumentou bastante. Na quarta-feira, Adaurílio contratou um carro-pipa com 20 mil litros de água por R$ 2.300, volume suficiente para manter o prédio abastecido até hoje de manhã.
Nesta quinta-feira, a síndica do prédio recebeu uma nova cotação de outra empresa, que cobrou R$ 5.400 pelo mesmo serviço.
Por causa da alta demanda, a entrega da água atrasou. O carro-pipa que Adaurílio pediu para hoje só deve chegar às 18h.
Sem uma previsão clara da Sabesp para a regularização do abastecimento, o zelador pediu que os moradores economizem água. Ele enviou mensagens avisando sobre a falta de água e orientando para usar menos água. Segundo Adaurílio, a Sabesp informou que o fornecimento deve ser normalizado apenas por volta das 22h de hoje.
O prédio onde trabalha o Adaurílio tem 64 apartamentos. Ele relatou que a maioria dos moradores é jovem e mora sozinha; muitos foram para a casa de familiares ou amigos para enfrentar a falta de água.
O prédio ao lado ainda tem água armazenada em reservatórios. O zelador de lá, Alex Lima, 45 anos, está monitorando o nível de água nos dois reservatórios do prédio, que já estão pela metade.
A expectativa é que a água reserve dure até amanhã, mas Alex teme que o abastecimento não volte no prazo informado e reclama dos preços altos cobrados pelos carros-pipa.
Alex Lima contou: “Pedi para os moradores terem paciência, pois não há previsão certa. A reserva pode acabar e não sabemos quando a água vai voltar”.
O UOL procurou a Sabesp para comentar sobre o problema, mas ainda aguarda resposta.