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sábado, 23/11/2024
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Moradora do DF que levou calote contratou matador na Feira do Rolo

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A mulher de 49 anos que pagou para ser morta registrou ocorrência a fim de reaver os bens entregues ao homem contratado para o “serviço”, mas a investigação foi arquivada. No processo, ela alegou depressão para justificar o contrato verbal

A mulher que negociou a própria morte procurou pela pessoa que tiraria a vida dela na Feira do Rolo, no Setor O, em Ceilândia. O acordo verbal aconteceu em dezembro de 2013, segundo ocorrência que a moradora do Distrito Federal registrou na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) em 17 de janeiro de 2014. Além de procurar a polícia, a mulher de 49 anos, professora da Secretaria de Educação do DF, entrou na Justiça para reaver o veículo, eletrônicos e eletrodomésticos pagos pelo “serviço”. A defesa do réu, no entanto, argumenta que o homem de 32 anos apenas comprou o carro anunciado por ela.

Para o juiz da 4ª Vara Cível de Taguatinga, o pedido da autora do processo é improcedente, pois não existe um contrato formal entre as partes. O magistrado ainda exigiu que ela pague as custas processuais, assim como os honorários advocatícios da contraparte. A defesa dela informou que recorrerá da decisão. Na ação, encerrada pelo Judiciário, a mulher alegou sofrer de depressão.

Pelo serviço, a servidora pública entregou o automóvel, um Prisma Maxx, transferido por meio de procuração. Além disso, deu a ele laptop, celular e comprou eletrodomésticos. Em depoimento prestado na 12ª DP em 2014, a mulher relatou que firmou o acordo no estacionamento próximo à Feira do Rolo, em Ceilândia. No entanto, segundo a ocorrência policial, ele teria dito que precisaria de dinheiro a fim de pagar conhecidos para ajudá-lo a matá-la. “Em 26 de dezembro de 2013, no cartório do 5º Ofício de Notas de Taguatinga, a comunicante entregou seu veículo GM/Prisma, o DUT, devidamente preenchido, e uma procuração para transferência do carro”, descreve o registro da 12ª DP.

A professora brasiliense ainda contou aos investigadores que, depois, o homem exigiu que ela comprasse diversos aparelhos eletrônicos em uma loja de departamentos. Ele escolheu duas televisões LCD de 42 polegadas, um videogame, uma máquina de lavar, dois smartphones, dois climatizadores e outros objetos. Todos os itens foram comprados por meio de carnês bancários. Segundo a advogada da servidora pública, Paula Dauster Pontual, a compra ficou em, aproximadamente, R$ 10 mil. A ocorrência acabou arquivada pelo delegado-chefe da unidade, à época.

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