A agência Moody’s confirmou a nota de crédito Ba1 para o Banco do Brasil, mencionando que a perspectiva para o banco permanece estável. A avaliação compreende os depósitos em moeda local e estrangeira, tanto de longo quanto de curto prazo.
Segundo a Moody’s, o Banco do Brasil é o segundo maior banco do país em termos de ativos até junho de 2025, com uma base diversificada de ganhos e acesso constante a depósitos de clientes, além de manter uma liquidez e capital adequados acima dos níveis mínimos exigidos.
A agência também destacou que, apesar dos desafios recentes na carteira de empréstimos, principalmente no agronegócio, essas dificuldades são consideradas gerenciáveis pelas administrações do banco.
Uma parte significativa da carteira é composta por empréstimos de baixo risco, como consignados e financiamentos imobiliários feitos para pessoas físicas, além de empréstimos a entidades governamentais, o que ajuda a reduzir os efeitos dos riscos associados ao agronegócio e às pequenas e médias empresas.
A Moody’s observou que o Banco do Brasil conta com receitas geradas não apenas por seus empréstimos, mas também por serviços financeiros como taxas, seguros e banco de investimento, que auxiliam na estabilidade dos seus resultados.
A qualidade dos ativos sofreu uma leve deterioração, com aumento dos empréstimos problemáticos e inadimplências, especialmente na carteira de agronegócio. Isso reflete a conjuntura econômica atual, com dificuldades financeiras enfrentadas por alguns setores, como produtores de soja e pequenas empresas, devido às taxas de juros elevadas.
A Moody’s enfatiza que, se a qualidade dos ativos permanecer fraca, isso pode causar pressão negativa sobre a nota do banco nos próximos meses.
Estadão Conteúdo