Cidade foi palco, na última semana, da morte de George Floyd; o homem, que era negro, foi assassinado por um policial branco, que o asfixiou
A Câmara Municipal da cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, proibiu que as forças policiais locais usem estrangulamentos para deter suspeitos durante os próximos dez dias, enquanto o Departamento de Polícia local está sob investigação.
A cidade foi palco, na última semana, da morte de George Floyd. O homem, que era negro, foi assassinado por um policial branco, que o asfixiou. Desde a morte de Floyd, protestos contra o racismo dentro das forças policiais americanas tomaram os Estados Unidos.
Em nota divulgada no site da prefeitura, o governo de Minneapolis afirma que os conselheiros (como são chamados os vereadores no país) da cidade aprovaram uma ordem do Departamento de Direitos Humanos de Minnesota, estado cuja cidade é capital, que instaura mudanças na polícia como parte da investigação que apura desrespeito aos direitos civis.
O Departamento de Direitos Humanos de Minnesota iniciou a investigação depois de registrar uma acusação de direitos civis relacionada à morte de George Floyd.
Além da proibição de estrangulamentos, foram implementadas outras mudanças:
- O uso de força não autorizada por algum policial deve ser denunciado pelos colegas;
- policiais que presenciarem colegas efetuando ações violentas e não interromperem poderão ser considerados igualmente culpados;
- somente o chefe de polícia ou seu designado no posto de vice-chefe ou acima pode autorizar o uso de armas de controle de multidões durante protestos.
A investigação sobre procedimentos policiais dos últimos dez anos pretende determinar se a polícia local adotou práticas discriminatórias sistemáticas em relação a negros, para garantir que as práticas sejam interrompidas.
Caso George Floyd
O funeral de George Floyd começou nesta quinta-feira. Nesta sexta, os Estados Unidos tiveram seu 11º dia de protesto contra o racismo. Além de manifestações, marcas e celebridades se posicionaram contra a violência policial que atinge negros, assim como os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama.
Todos os quatro policiais envolvidos no assassinato de George Floyd em 25 de maio enfrentarão acusações criminais.