O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria antecipada. Ele poderia ficar no cargo até março de 2033, quando completaria 75 anos, que é a idade máxima para juízes se aposentarem no Brasil.
Barroso não foi o primeiro a sair antes do tempo. Desde 1985, cinco ministros deixaram o STF muito antes do limite oficial, e outros quatro saíram com um pequeno adiantamento.
O ministro que mais tempo abriu mão foi Francisco Rezek, que foi nomeado duas vezes para o STF. Ele assumiu o cargo pela primeira vez em 1983, pediu para sair sete anos depois para ser Ministro das Relações Exteriores, e voltou em 1992. Em 1997, saiu para ser juiz na Corte Internacional de Justiça, abrindo mão de quase 17 anos de mandato.
Outro exemplo é o ex-ministro Joaquim Barbosa, que deixou o STF em 2014, dez anos antes do previsto, por motivos pessoais. Já o ex-ministro Nelson Jobim também saiu antes do tempo em 2006 e passou a atuar como Ministro da Defesa até 2011.
A jurista Ellen Gracie deixou a Corte em 2011, abrindo mão de seis anos e meio de mandato.
Alguns ministros saíram cedo por motivos imprevistos, como falecimento. Carlos Menezes Direito faleceu em 2009, ainda tendo três anos para se aposentar, e Teori Zavascki morreu em um acidente aéreo em 2017, podendo permanecer no STF até 2023.
Esses casos mostram que, ao longo dos anos, vários ministros optaram por deixar o Supremo antes do limite previsto, por diversas razões, pessoais ou profissionais.