Renan Filho, ministro dos Transportes, defendeu novamente na Câmara dos Deputados a eliminação da exigência dos cursos teóricos e práticos para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Ele questionou o alto custo da CNH e o número elevado de acidentes, sugerindo que muitos dirigem sem carteira por não conseguir pagar a formação obrigatória. O ministro também criticou o uso de carros com câmbio manual nas autoescolas, afirmando que hoje em dia o câmbio automático é mais comum.
Renan Filho destacou que 70% da população apoia essa discussão, apontando para a questão da inclusão, já que quase metade dos condutores sem habilitação enfrenta dificuldades financeiras para arcar com o custo da CNH.
A Câmara deve realizar uma comissão geral em 3 de setembro para debater a formação de condutores, com diversas propostas em análise.
A Federação Nacional das Autoescolas do Brasil (Feneauto) teme o fechamento de muitas empresas e perda de empregos caso a obrigatoriedade seja eliminada, além de considerar isso um retrocesso na educação no trânsito.
Renan Filho defende a continuidade das autoescolas, mas sem a obrigação de frequentá-las. Citou exemplos de países como Estados Unidos, Canadá, México e Índia, onde os cursos não são mandatórios.
Durante a audiência, também foram mencionados os investimentos recentes do ministério, que nos últimos dois anos somaram quase R$ 30 bilhões, valor próximo ao investido na gestão anterior em quatro anos.
Estiveram presentes na reunião os deputados: Alexandre Guimarães, Bebeto, Domingos Sávio, Eriberto Medeiros, Gilson Daniel, Hildo Rocha, Hugo Leal, Juninho do Pneu, Kiko Celeguim, Paulo Guedes, Thiago de Joaldo e Zé Trovão.